AFP
O marido da militante, Arif Yunus, foi condenado a sete anos de prisão pelas mesmas razões, segundo o advogado.
“As acusações de fraude e evasão fiscal não foram provadas em julgamento”, afirmou Mamedov.
Leyla Yunus, de 59 anos, diretora do Instituto para a Paz e a Democracia, e seu marido Arif, um analista político conhecido, foram presos no verão passado sob as acusações de “traição” e “evasão fiscal”.
A Justiça do Azerbaijão acusa Leyla Yunus de espionagem a favor da Armênia e de tentativa de “propaganda para o reconhecimento do regime de Nagorno-Karabakh”, região separatista disputada pela Armênia e o Azerbaijão.
A Organização Mundial contra a Tortura (OMCT) denunciou o “veredito vergonhoso” deste julgamento marcado por “violações de todas as normas internacionais”.
A data do julgamento por traição ainda não foi definida.
Encarcerada há um ano, Leyla Yunus, que sofre de necrose do fígado, indicou que “foi espancada no centro de detenção”. O Ministério da Justiça negou as acusações.
Os Estados Unidos, França e ONGs de defesa dos direitos humanos, incluindo a Human Rights Watch, apelaram para a liberação da ativista que luta há anos em favor da reconciliação entre a Armênia e o Azerbaijão sobre o entrave de Nagorno-Karabakh.
Esta região povoada predominantemente por armênios foi o centro de uma guerra que causou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados entre 1988 e 1994.
As ONGs de defesa dos direitos humanos denunciam regularmente o regime do presidente do Arzebaijão Ilham Aliyev.