Correio do Estado;MSNews;Folha do Povo;Materias Especiais
com ajuda de Sônia Puxian
Ao contrário do que se pensa, no Brasil não existem armênios só em São Paulo. Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul é a mais recente prova disso. A praça Giocondo Orsi não terá mais este nome. Depois de promulgada a lei municipal nº 4949/11, ela passará a ser chamada de República da Armênia. A proposta é do vereador Paulo Siufi (PMDB), que queria homenagear o povo armênio.
Várias Famílias
Outro autor do projeto, vereador Jamal Salem, destacou a presença de várias famílias armênias na região de Campo Grande entre elas os Balabanian, Pedrossian, Zahan, Orsi, que contribuiram para o desenvolvimento da região.
Em Campo Grande os Armênios e seus descendentes contribuíram significativamente para o processo construtivo da cidade, tendo trabalhado em diversos empreendimentos, principalmente no setor do comércio nas Ruas 14 de Julho, Dom Aquino, 7 de Setembro, assim como na 26 de Agosto. “Os Armênios por serem um povo sério, trabalhador, sereno e moderado tem demonstrado ao longo desses anos amor a esta cidade, tendo contribuído visivelmente para o seu desenvolvimento”, justificou Paulo Siufi.
Pedido
A troca de nomenclatura da Praça da República Armênia aconteceu após um pedido do arquiteto Leandro Puxian neto de Toros Puxian, pioneiro no ramo de calçados ao montar a primeira loja “Calçados Nova Armênia”, na Rua 14 de Julho e mais tarde na Rua Dom Aquino. Toros montou o primeiro edifício com sacadas do MS em 1950, fazendo parte da história do desenvolvimento trazido por imigrantes da cidade de Campo Grande.
A nomenclatura da praça remete a história dos armênios, que sofreram durante o Genocídio, como é chamada a matança ou a deportação forçada de centenas de milhares de pessoas que viviam no Império Otomano, dominado pelos chamados Jovens turcos. A praça será inaugurada dia 11 de Junho.
No Brasil a comunidade Armênia reúne entre 90 e 130 mil pessoas, provenientes principalmente da época do Genocídio, que se concentram principalmente nas cidades de São Paulo e Osasco, onde se dedicam sobretudo ao comércio, especialmente de calçados.