Ícone do site Estação Armênia

SENADO FRANCÊS REJEITA PROJETO DE LEI SOBRE NEGAÇÃO DO GENOCÍDIO ARMÊNIO

PANARMENIAN.NET

O Senado francês rejeitou nesta quarta feira (4), um projeto de lei que penaliza a negação do genocídio armênio, segundo o Hurriyet Daily News. O projeto, que foi recentemente rejeitado pela Comissão de Constituição do Senado francês, previu cinco anos de prisão e uma multa de até 45.000 euros para as pessoas em solo francês que negam o genocídio Armênio.

O projeto não foi aprovado pelo governo francês, e como consequência os Armênios da comunidade francesa protestaram de imediato contra a decisão, em frente ao Senado francês.

Vale lembrar que ocorreu uma manifestação em 12 de março com a  presença de  3.000 pessoas, além de membros da comunidade franco-armênia acompanhados por membros do parlamento francês, ativistas de direitos humanos e o cantor de origem Armênia Charles Aznavour (atual  embaixador da Armênia na Suíça), em que exigiam que o Senado francês aprovasse a lei que criminaliza  a negação do Genocídio Armênio.

SARKOZY :

Quando ainda era um candidato à presidência da França, Sarkozy havia prometido o seu apoio à lei que criminaliza a negação do genocídio armênio. No entanto, os documentos divulgados pelo Wikileaks citam um assessor presidencial declarando que não, Sarkozy não apoiaria a aprovação, pois, iria “morrer” no Senado francês, e foi justamente o que ocorreu hoje.

ESPECIALISTA COMENTA:

De acordo com a Academia de Ciências da Armênia, o Senado francês não ter adotado uma lei que criminaliza a negação do genocídio armênio está relacionada com a atual posição das autoridades francesas.

Como disse o diretor do Instituto de Estudos Orientais Ruben Safrastyan  a um repórter PanARMENIAN.Net: “Neste momento, a França é bastante ativa na missão militar na Líbia , o que aumenta a importância da posição da Turquia sobre a questão”.  E concluiu dizendo que “Infelizmente, esta não foi a primeira vez que uma superpotência quebra sua promessa para servir a seus próprios interesses” (nos casos dos governos de Bush pai, Bush filho e mais recentemente o de Barak Obama).

 

O especialista ressaltou que, a França poderá mudar sua posição após a conclusão das operações militares na Líbia e ainda deu aval positivo para a posição na comunidade armênia da França, instigando-os a continuar a trabalhar no sentido da adoção da lei.

 

 

Vídeo dos protestos após a decisão do Senado francês:

 

Sair da versão mobile