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A situação na fronteira duas semanas após os ataques em Tavush

12 Julho – 18 Julho

Veja a matéria sobre a primeira semana após os ataques contra a provincia armênia de Tavush

20 de Julho

A situação na fronteira entre Armênia e Azerbaijão permaneceu relativamente calma. O Azerbaijão violou o regime de cessar-fogo 9 vezes, foi relatado o uso do lançador de granadas AEC-17. 137 tiros foram feitos contra as posições armênias.

O presidente da República da Armênia, Armen Sargsyan, visitou a Santa Sé Etchmiadzin e teve uma reunião com o Catholicos de todos os armênios, Karekin II. O Presidente e Sua Santidade consideraram simbólico que os clérigos da Igreja Apostólica na Armênia e na Diáspora estejam apoiando fortemente a pátria.

O representante do Ministério da Defesa da Armênia, Artsrun Hovhannisyan, postou em sua página no Facebook um vídeo no qual os militares armênios pediam aos civis que não se preocupassem, que seguissem sua rotina diária, uma vez que “os militares estavam cumprindo sua missão e são fortes como as montanhas armênias”.

O Primeiro Ministro armênio, Nikol Pashinyan, postou uma mensagem em sua página no Facebook, pedindo a todos que se abstenham de iniciativas de angariar ajuda ao exército. Ele pediu aos que desejam fornecer apoio financeiro que transfiram as doações ao Fundo de Seguro para Soldados. O Primeiro Ministro assegurou que as atividades do fundo são completamente transparentes e protegidas por lei.

Shushan Stepanyan, porta-voz do Ministério da Defesa armênio, observou que, embora o ministério tivesse declarado que não havia necessidade de se voluntariar, ex-militares na Armênia e em Artsakh se inscreveram nos comissariados militares locais, expressando prontidão para continuar o serviço e proteger as fronteiras do país.

21 de Julho

Mais violações de cessar fogo do Azerbaijão foram registradas em Tavush.

Por volta das 22:30, a unidade especial das Forças Armadas do Azerbaijão tentou uma incursão na parte nordeste da fronteira. A unidade das Forças Armadas da Armênia respondeu ao ataque, causando perdas significativas aos azrbaijanos. O lado armênio não teve perdas.

22 de Julho

Reconstruções são realizadas em Tavush. Duas novas comissões foram criadas, uma para estudar os danos agrícolas e outro para lidar com questões sócio-psicológicas.

A esposa do primeiro-ministro Anna Hakobyan visitou as aldeias fronteiriças da região de Tavush para incentivar os moradores. Anna observou que “as famílias heróicas que apoiam nossos soldados devem ser reconhecidas pessoalmente”.

Foi lançada a campanha pan-armênia de arrecadação de fundos “Fortalecimento das comunidades fronteiriças”. O dinheiro arrecadado resolverá os problemas socioeconômicos das comunidades da região. Mais detalhes em: www.himnadram.org.

24 de Julho

A situação seguiu relativamente calma na fronteira, mas ainda com violações de cessar fogo. O exército trabalha em encontrar e neutralizar cartuchos e munições não explodidas disparadas contra assentamentos pacíficos.

O soldado Arthur Muradyan, que havia sido gravemente ferido, morreu no Hospital Militar Clínico Central do Ministério da Defesa.

Armen Sargsyan visitou a família Elbakyan que vive na aldeia de Marmashen, na região de Shirak. O filho deles, capitão Sos Elbakyan, foi morto quando as hostilidades começaram em 12 de julho. Armen Sargsyan expressou profundas condolências aos pais do capitão Elbakyan.

Um carro da embaixada da República da Armênia foi incendiado na Alemanha. A investigação ainda está em andamento, mas a possibilidade de incêndio criminoso está sendo considerada.

Cenário internacional

O Papa Francisco expressou preocupação com a situação na fronteira entre Armênia e Azerbaijão. No final da oração do último domingo, dia 19, em seu discurso de boas-vindas aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, expressou a esperança de que, através do diálogo e da boa vontade, seria possível encontrar uma solução pacífica para o problema em nome do bem estar das nações.

Um funeral especial foi realizado na Igreja de St. Astvatsatsin, em Aleppo, para o descanso das almas dos mortos na fronteira entre Armênia e Azerbaijão.

O secretário de imprensa do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, mencionou que o país espera uma solução rápida do conflito, bem como entre os representantes das duas nações na Rússia. Ele lembrou que a Rússia apelou a ambos os lados para mostrar contenção, voltar a manter o cessar-fogo e acabar com a violência de qualquer tipo

A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou o pacote de mudanças legislativas no Projeto de Lei de Apropriação da Defesa Nacional de 2021. De acordo com as novas mudanças, o Azerbaijão perderá apoio militar, já que o país segue uma política militante.

A comunidade armênia de Yaroslavl, na Rússia, levantou 1 milhão de rublos (R$ 73 mil) para restaurar a infraestrutura da região de Tavush.

A pedido do Comitê Nacional Armênio, membros do Parlamento do Canadá condenaram o comportamento do Azerbaijão, expressando seu apoio à comunidade armênia.

O deputado turco Garo Paylan apelou ao Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu. Ele lembrou à liderança turca que eles  apoiaram claramente o Azerbaijão durante as tensões na fronteira e que a Turquia tinha que mostrar neutralidade como membro do Grupo OSCE Minsk.

A organização francesa “New Generation”, da Federação Revolucionária Armênia, realizou um protesto em Paris. Murad Papazyan, membro da FRA, condenou a agressão do Azerbaijão durante comício.

Na Bélgica, armênios protestaram em frente a embaixada do Azerbaijão em Bruxelas.

Em Amsterdã, os armênios organizaram um protesto em frente à Embaixada do Azerbaijão na Praça Dam.

Nos EUA a Federação da Juventude Armênia (AYF) organizou um protesto em frente à embaixada do Azerbaijão em Washington. Os manifestantes foram recebidos por protestantes azeris hostis a favor de Aliyev. Sob a direção do embaixador do Azerbaijão, Elin Suleymanov, azerbaijanos entoaram discurso de ódio e ameaças de violência. “Os armênios querem a paz, o Azerbaijão quer a guerra” foi a mensagem da comunidade armênia americana do dia.

Em Food City, Moscou, azerbaijanos não deixaram caminhões armênios entrar no mercado. Uma briga generalizada começou e cerca de 50 azerbaijanos foram presos. Eles serão acusados ​​de vandalismo e incitação ao ódio étnico.

Na Ucrânia, azerbaijanos atearam fogo a dois cafés armênios. Não houve vítimas. A União dos Armênios da Ucrânia condenou essas ações, interpretando-as como uma tentativa de envolver a comunidade em processos políticos.

O Ministério das Relações Exteriores da República da Armênia declarou que a violência contra os armênios no exterior foi provocada pelas estruturas estatais do Azerbaijão. O ministério condenou veementemente tais tentativas de incitar confrontos étnicos em diferentes países e pediu aos compatriotas no exterior que sejam vigilantes, não sucumbam a provocações e contatem a polícia, estruturas da comunidade armênia ou representantes diplomáticos da República da Armênia nessas situações.

A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou uma resolução para fornecer à Artsakh ajuda humanitária de US$ 1,4 milhão para remoção de minas. O auxílio será fornecido pela empresa HALO Trust.

Todas as informações foram retiradas de comunicados oficiais do governo da Armênia para a diáspora. Para mais notícias confiáveis sobre os ataques em Tavush acompanhe os sites oficiais do Governo da Armênia:

 

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