Asbarez e outras fontes combinadas –
O Knesset – parlamento israelense – declarou através de seu porta-voz Reuven Rivlin, que a nação judaica tem a obrigação de lembrar o extermínio de mais de um milhão de armênios pelo governo turco. O mesmo deputado afirmou porém que isso não deve ser feito na forma de um ataque contra o atual governo turco.
Essa discussão ocorre na mesma semana da leitura do relatório sobre os barcos que levavam ajuda a Faixa de Gaza interceptados pela marinha israelense em 2010 onde morreram 9 ativistas turcos.
Rivlin lembrou que se Israel não admite o questionamento do holocausto da mesma forma não pode ignorar a tragédia do povo armênio.
As discussões acaloradas demonstraram ainda uma certa resistência ao reconhecimento do genocídio armênio como um crime contra a humanidade.
Enquanto o Deputado Aryeh Eldad da coalizão União Nacional defendeu o reconhecimento de forma veemente, o deputado Robert Tibayev, do partido de centro Kadima, afirmou que Israel não deve se envolver nesse tema e deixar que historiadores e organismos internacionais decidam sobre o genocídio armênio.
O deputado Said Nafa, representante árabe no Knesset, aproveitou a oportunidade para denunciar o Primeiro-Ministro turco Racip Erdogan. Nafa alertou para a hipocrisia do governo turco, que vem acusando o líder sírio Bashar Al Assad, de cometer atrocidades contra seu povo sem assumir a responsabilidade turca nos massacres de curdos separatistas nos últimos anos.
Os debates devem prosseguir e o tema do genocídio armênio pode ganhar as ruas nas próximas eleições, afirma o Deputado Eldad, já que o holocausto cometido pelos nazistas tem raízes no genocídio armênio.