DW, BBC
Os armênios apoiaram o líder dos protestos e atual primeiro-ministro em exercício, Nikol Pashinian, nas eleições parlamentares do último domingo, dia 9 de dezembro.
O Partido Republicano, que controlava o antigo parlamento e é liderado pelo ex-primeiro-ministro Serzh Sargsyan, sofreu uma grande derrota e recebeu 4,7% dos votos.
Armênia Reluzente, um partido liberal pró-ocidental, ganhou cerca de 6% dos votos
Os partidos precisavam de pelo menos 5% dos votos para ocupar um dos 132 assentos na Assembleia Nacional. Porém, a constituição da Armênia afirma que 30% dos assentos no parlamento devem ir para os partidos da oposição, então os partidos Armênia Próspera e Armênia Reluzente dividirão as vagas restantes.
O comparecimento às urnas foi baixo, cerca de 49%.
Pashinian saudou a vitória na segunda-feira, agradecendo o “povo poderoso” da Armênia.
“Eu amo todos vocês, estou orgulhoso de todos vocês, eu me curvo a todos vocês”, o ex-jornalista de 43 anos postou em sua página no Facebook.
Pashinian assumiu o cargo em maio depois de liderar protestos massivos contra a corrupção de seu antecessor, Sargsyan.
Ele então pressionou por eleições antecipadas ao renunciar em Outubro, o que consequentemente dissolveu o Parlamento, a fim de conseguir mais aliados e ganhar o controle do parlamento, que era liderado pelos republicanos de Sargsyan.
Os críticos de Sargsyan acusaram-no de tentar se manter o poder, tornando-se primeiro-ministro depois de cumprir dois mandatos como presidente. Uma emenda constitucional em 2015 mudou o sistema presidencial da Armênia para um parlamentar, concedendo mais poder ao primeiro-ministro.
Veja abaixo o resultado final: