Foi tomada a decisão de retirá-lo de três sessões por sua declaração.
Em seu discurso Garo Paylan disse durante 1913-1923 os armênios, assírios, gregos e judeus registrados no país, foram “exilados dessas terras ou sujeitos a torturas como resultado de grandes massacres e genocídio”.
A declaração de Paylan irritou os membros do partido “Justiça e Desenvolvimento”. No entanto, Paylan continuou seu discurso dizendo: “Houve uma época em que nós compreendíamos 40% da população, hoje somos um entre 1000. Algo aconteceu conosco, e eu chamo isso de genocídio, independente de como chamem. O povo armênio sabe muito bem o que aconteceu com eles. Eu sei muito bem o que aconteceu com meu pai, avô. Deixem que chamem como quiserem, vamos juntos enfrentá-los”.
O legislador do partido no poder Metin Külünk exigiu “corrigir a palavra genocídio”. Foi decidido parar a sessão. Depois disso, vários membros do partido governista e da oposição condenaram a declaração de Paylan.
Neste sábado Garo Paylan comentou o ocorrido à Armenpress:
“Ontem, quando as mudanças constitucionais estavam sendo discutidas no parlamento, eu queria que elas tirassem lições do passado. Uma constituição também foi formada 100 anos antes que não levava em conta os povos. Durante a Primeira Guerra Mundial, perderam quatro povos: armênios, assírios, gregos e judeus. Eu disse que, se repetimos o mesmo erro, vamos enfrentar os mesmos eventos dolorosos hoje ”
Ao falar sobre sua remoção de três sessões parlamentares devido a sua declaração, Paylan disse: “Isso não aconteceu no passado. Esta é a primeira vez na história do parlamento. Infelizmente, o castigo foi aplicado “, disse ele. “Esta foi uma mensagem de que a partir de agora se não fizermos o que eles dizem, vão silenciar nossas vozes”.
“O JDP estabeleceu tal punição, embora não exista no regulamento do parlamento. Eu fui punido ilegalmente “.
Segundo Paylan disse que devido à atmosfera nacionalista existente na Turquia, as liberdades são mais restritas, e se até recentemente não era tabu dizer Genocídio Armênio, agora a situação mudou. “Nesta nova realidade dizer que o termo ‘genocídio’ é novamente percebido como um crime. Se eu voltar a dizer esta palavra, talvez a mesma punição será aplicada, mas eu não vou parar de dizer aquilo que eu acredito. Nesse momento, o meu pedido que será apresentado ao Tribunal Constitucional está sendo preparado. Vou recorrer também ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Acho que vou ter sucesso “, Completou Paylan.
Em resposta a uma questão de receber ameaças, o legislador confirmou que existem, no entanto, ele tem muitos apoadores. “É claro que existem reações negativas porque vivemos em uma atmosfera de nacionalismo. Mas tenho adeptos e continuarei a minha luta “.