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Alemanha rebate as declarações de Erdogan sobre a questão do Genocídio Armênio

 

2013-03-15-pk-eu-rat

Nesta segunda-feira (06) a Alemanha rebateu os comentários do presidente turco Recep Tayyip Erdogan sobre a questão do Genocídio Armênio.

Através de seu porta-voz Steffen Seibert, Angela Merkel condenou as acusações feitas por Erdogan de que os parlamentares de origem turca que votaram a favor da resolução reconhecendo os eventos de 1915-1916, perpetrados pelo então Império Otomano, como genocídio, apoiam o terrorismo.

Via Public Radio of Armenia

Tradução: Maria Carolina Chaves Indjaian


Alemanha contra-ataca Erdogan em seus comentários sobre a questão do genocídio.

O escritório da chanceler Angela Merkel criticou o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, nesta segunda-feira, sobre os comentários acerca do voto do Parlamento alemão, declarando que o Império Otomano cometeu genocídio contra os armênios, reportou a agência France Presse.

Erdogan irritadamente condenou o voto da semana passada sobre os massacres da 1ª Guerra Mundial, alegando que os 11 membros do Parlamento alemão com raízes turcas que apoiaram o voto apoiam o “terrorismo” pelo proibido Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e exigiu “exames de sangue” para ver “que tipo de turcos eles são”.

O porta-voz de Merkel, Steffen Seibert na segunda-feira disse que tendo em vista que Berlin também considera o PKK um grupo terrorista, “associar membros individuais do parlamento com o terrorismo é completamente incompreensível para nós”.

“A resolução foi de iniciativa política que emergiu do centro do Bundestag, que é um órgão independente, eleito democraticamente sob a nossa constituição”, disse Seibert numa conferência de imprensa regular.

“O Bundestag chegou a uma decisão soberana, que deve ser respeitada” disse Seibert, acrescentando que esta foi a mensagem que Merkel deu ao presidente turco.

Erdogan, numa desgostosa reação ao voto que reconheceu que as mortes de 1915-1916 foram genocídio, destacou o co-líder do Partido Alemães Verdes, Cem Ozdemir, um dos instigadores da resolução que passou em 02 de junho.

Ozdemir está sob proteção policial depois de ter recebido ameaças de morte anônimas.

A comunidade turca na Alemanha – que se opôs amplamente ao voto do genocídio – no entanto, criticou Erdogan na segunda-feira pela a pressão que seu governo e seus apoiadores colocaram sobre os legisladores alemães de origem turca.

“Nós achamos ameaças e pedidos de teste de sangue repugnantes” seu presidente Gokay Sofuoglu disse à agência de notícias DPA nacional.

“Eu acho que a era em que pessoas eram definidas pelo seu sangue acabou em 1945. Isso é absolutamente fora de questão”

Sobre o autor

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Colaboradora. Carioca da gema que viveu em Curitiba desde criança e agora é cidadã do mundo. É advogada, profissional humanitária aficcionada por Direitos Humanos e defensora de minorias. O coração e o sangue sempre falam mais alto no que diz respeito à Armênia.
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