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Ativista é condenada a 8 anos de prisão no Azerbaijão por fazer propaganda pró-Armênia e Karabakh

AFP

A ativista dos direitos humanos do Azerbaijão Leyla Yunus foi condenada na última quinta-feira, dia 13, a oito anos e meio de prisão por “fraude” e “evasão fiscal”, segundo o seu advogado Ramiz Mamedov disse à AFP, que denunciou as acusações absurdas.

O marido da militante, Arif Yunus, foi condenado a sete anos de prisão pelas mesmas razões, segundo o advogado.

“As acusações de fraude e evasão fiscal não foram provadas em julgamento”, afirmou Mamedov.

Leyla Yunus, de 59 anos, diretora do Instituto para a Paz e a Democracia, e seu marido Arif, um analista político conhecido, foram presos no verão passado sob as acusações de “traição” e “evasão fiscal”.

A Justiça do Azerbaijão acusa Leyla Yunus de espionagem a favor da Armênia e de tentativa de “propaganda para o reconhecimento do regime de Nagorno-Karabakh”, região separatista disputada pela Armênia e o Azerbaijão.

A Organização Mundial contra a Tortura (OMCT) denunciou o “veredito vergonhoso” deste julgamento marcado por “violações de todas as normas internacionais”.

A data do julgamento por traição ainda não foi definida.

Encarcerada há um ano, Leyla Yunus, que sofre de necrose do fígado, indicou que “foi espancada no centro de detenção”. O Ministério da Justiça negou as acusações.

Os Estados Unidos, França e ONGs de defesa dos direitos humanos, incluindo a Human Rights Watch, apelaram para a liberação da ativista que luta há anos em favor da reconciliação entre a Armênia e o Azerbaijão sobre o entrave de Nagorno-Karabakh.

Esta região povoada predominantemente por armênios foi o centro de uma guerra que causou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados entre 1988 e 1994.

As ONGs de defesa dos direitos humanos denunciam regularmente o regime do presidente do Arzebaijão Ilham Aliyev.

 

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