Repórteres sem Fronteiras alerta sobre a realidade do patrocinador do Atlético Madrid

Repórteres sem Fronteiras
Você conhece de verdade o Azerbaijão, país que patrocina o Atlético Madrid? “A Terra do fogo”, segundo a propaganda oficial, mas “terra da repressão ” na prática. Os milhões de espectadores que assistiram a final da UEFA Champions League no dia 24 de maio não devem ser enganados pela propaganda. Esta república caucasiana esta classificada em 160ª de 180 países no índice de liberdade de imprensa e seu presidente, Ilham Aliyev, é um predador da liberdade de imprensa que eliminou quase todos os pluralismos em seu país.

Nada menos do que 10 jornalistas e blogueiros estão presos por exibir demasiada independência para o gosto do governo. O jornalista e defensor dos direitos humanos Parviz Hashimli foi condenado a oito anos de prisão em 15 de maio sob acusações forjadas de “receptação” e “venda ilegal de armas”. O alcance do governo se estende para além de suas fronteiras. Fez a Turquia extraditar Rauf Mirkadyrov, correspondente do jornal independente Zerkalo, em 18 de abril. Ele foi imediatamente preso sob a acusação de espionagem.

A autoridade reguladora tendenciosa e a manipulação do mercado de publicidade têm dado ao governo o controle completo de radiodifusão. Não há nenhuma estação de televisão independente e um punhado de jornais independentes luta para sobreviver. O líder, Azadlig, está perto de um colapso econômico como resultado de danos astronômicos e recusa da empresa de distribuição de imprensa em pagar o que é vendido.

O governo do Azerbaijão tornou-se, paradoxalmente, o garantidor dos direitos humanos no continente europeu no dia 14 de maio, quando assumiu a presidência rotativa do Comitê do Conselho de Ministros da Europa. A equipe do Repórteres sem Fronteiras está indignada com isso e pede aos outros 46 membros do Conselho da Europa que lembrem o presidente do Azerbaijão de suas funções em relação ao respeito pela liberdade de informação.

Todos os direitos visuais da campanha são livres, mas por favor creditar © Repórteres Sem Fronteiras