“Eu peço ao primeiro-ministro turco Erdogan que pare de negar o genocídio de armênios e assírios promovido pelo governo dos Jovens Turcos do Império Otomano, cometido há 99 anos atrás“, disse Steinbach, acrescentando que já passou da hora de a Turquia para pedir desculpas aos descendentes das vítimas do o primeiro genocídio do século XX.
“É dever de Erdogan encarar a verdade quase 100 anos depois daquele terrível crime e garantir que os livros didáticos turcos não distorçam essa parte da história da Turquia“, acrescentou Steinbach.
Erdogan viajou a Berlim no dia 3 de fevereiro com o objetivo de reforçar as relações entre a Alemanha e a Turquia e obter o apoio de Berlim para revigorar o processo de adesão da Turquia à UE, informou o jornal turco Hurriyet Daily News.
No dia 7 de fevereiro, Erdogan se reuniu com a liderança alemã, incluindo Ângela Merkel que o repreendeu sobre negação turca do Genocídio Armênio e incitou o líder turco a “enfrentar a sua história”. Erdogan, que estava em visita oficial à Alemanha, advertiu Merkel e seu partido União Democrata Cristã no poder para ser mais cauteloso ao abordar o próximo centenário do genocídio armênio.
“Estamos conscientes de que no ano que vem há previsões orçamentais na Alemanha para o 100º aniversário dos eventos de 1915“, teria dito Erdogan a Merkel. Em resposta, Merkel argumentou ao líder turco que a Alemanha é um país democrático e que seu governo não poderia intervir em tais decisões.
“A Turquia deve entrar em acordo com sua história. Não podemos comparar os armênios que vivem na Armênia com os armênios que foram violentamente dispersos ao redor do mundo“, disse Merkel, acrescentando que aqueles na Armênia estão vivendo sob circunstâncias difíceis e pediu a Erdogan para abrir a fronteira entre os dois países.
“Você está forçando-nos a aceitar algo que não fizemos”, disse Erdogan, negando o genocídio armênio novamente e afirmando que todos os arquivos turcos estão abertos para o mundo. “Não seja injusta com a Turquia“, Erdogan pediu a Merkel.