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Informativo Armênia passa a ser publicado também no Portal Estação Armênia

A partir de hoje o Informativo ARMÊNIA estará incorporado ao Portal Estação Armênia em uma nova guia logo abaixo do nosso logo, na página principal. 

O Informativo ARMÊNIA, como sugere o próprio nome, é um informativo on-line – enviado por e-mail – com notícias para a comunidade armênia do Brasil e foi criado pelo casal Pastor Aharon e Zabel Sapsezian, no ano 2000. Foram 249 edições publicadas até abril de 2012, seguido da edição avulsa “Reflexão sobre 24 de abril”. Em 24 de maio, foi escrito o último artigo intitulado – “Carta Magna – 28 de maio”, data em que o Rev. Aharon faleceu.

Após uma interrupção de 7 meses, uma nova equipe reiniciou a edição mensal do Informativo em fevereiro de 2013, a partir do nº1, preservando o ano XIII de sua existência. Os redatores atuais são a Profª Dra. Sossi Amiralian, o Prof. Dr. Carlos Daghlian e o Eng.º Dr. Edouard Mekhalian.

Para receber o Informativo Armênia em seu e-mail, faça sua solicitação pelo e-mail: sossiamiralian@gmail.com

Abaixo, está publicada a edição atual, de maio de 2013. Para números anteriores, clique aqui.

 

 

SUMÁRIO

NOTÍCIAS LOCAIS: – “Rememorações” – Sossi Amiralian
ARMÊNIA: “Aniversario de Charles Aznavour” – C. S. Daghlian
DIÁSPORA: – “Três Artigos EM” – Istambul, Londres, Stepanakert – Edouard Mekhalian

Os números anteriores podem ser encontrados no site da Comunidade Armênia de Osasco( www.cao.org.br ) e, a partir de hoje, aqui no Portal Estação Armênia.

ARMÊNIA 2013
Ano XIII – nº 4
Equipe 3
Maio de 2013
 

REMEMORAÇÕES
Sossi Amiralian
 

Em memória de seu fundador, Rev. Aharon Sapsezian (1926-2012), o Informativo ARMÊNIA 2013, na sua 4ª edição, torna a publicar o último artigo escrito pelo pastor, em 24 de maio de 2012, sobre a 1ª Independência da República da Armênia, ocorrida em 28 de maio de 1918.  No mesmo dia do ano passado, 28 de maio de 2012, às 11hs, faleceu Aharon em Commugny, Suiça, cidade próxima a Genebra, onde residia. Este artigo compacto, mas de densidade e precisão histórica, poderá certamente servir de fonte para os possíveis discursos relativos ao assunto, em comemorações que hão de ser realizadas na comunidade armênia de São Paulo, especialmente pelo SAMA – Clube Armênio. 

Boa leitura.

 

“28 DE MAIO” – DATA-MAGNA DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL
                                                                                                                                                Aharon Sapsezian

 

Durante sua longa e acidentada história, a Armênia teve, múltiplas vezes, de se bater com bravura e sacrifícios para preservar ou conquistar sua independência. Pode-se dizer que sua trajetória milenar é um encadeado de lutas dessa natureza. Nenhuma dessas lutas, porém, selou de maneira tão decisiva o seu destino na era moderna quanto aquela que culminou com a conquista da independência em 28 de maio de 1918. Depois de 500 anos de dominação estrangeira, a Armênia reencontrava enfim o caminho de sua soberania nacional. Daí porque 28 de maio é celebrado como data-magna da história armênia moderna. 

Terminava a Guerra Mundial com a derrota do Império Otomano e com a fragmentação do Império Russo. A situação na região caucásica era caótica. Os vários tratados mais ou menos importantes, e quase nunca respeitados, resultaram na criação da chamada Assembléia da Transcaucásia da qual fazia parte uma parcela da “Armênia Russa”. Remanescentes dos voluntários armênios que haviam lutado ao lado das tropas russas contra a Turquia, agora reagrupados no Comando Armênio e sob as ordens do General Nazarbekian e do legendário Antranik e seus guerrilheiros, planejavam fazer da Assembléia da Transcaucásia uma etapa rumo a uma futura Armênia Independente. Porém, o tratado de Brest-Litovsk (3/3/1918), firmado entre os aliados e o governo provisório turco, destroi essa esperança concedendo à Turquia a supremacia territorial na região. 

Frustrados, os armênios são abandonados à própria sorte. A Turquia reivindica seus novos direitos e usa das armas para concretizá-los visando antes de tudo as terras históricas armênias. O desequilíbrio das forças era evidente e a derrota armênia iminente. Mais uma vez, porém, os brios e a bravura dos combatentes armênios se erguem à altura do desafio para escrever uma das páginas mais gloriosas da história nacional. O Comando Armênio se mobiliza para deter, custe o que custar, o avanço das tropas turcas. O General Nazarbekian comanda a defesa dos redutos estratégicos armênios de Karakilissé, Bash-Abaran e Sardarabad. Seguem-se confrontações ferozes e sangrentas em que as traquejadas e abnegadas milícias de Silikian, Drô e outros impõem pesadas perdas a um inimigo muitas vezes superior em número e em armas. Pois, o que estava em jogo era o destino de um último punhado do sagrado solo milenar armênio. No auge desses embates épicos, o Conselho Nacional Armênio, órgão de emergência que havia sido criado para gerir questões administrativas, toma uma decisão histórica: rompe seu tênue elo com a Rússia (ela mesma em plena crise revolucionária) e proclama a criação e a independência da República da Armênia, em 28 de maio de 1918. 

Assim nasceu, com sacrifício de sangue, a primeira república armênia. Precária, minúscula, de fronteiras mal definidas, correspondendo vagamente ao que era “Armênia russa” dos czars. Ainda assim, uma república, a primeira. Embora efêmera, mãe legítima das repúblicas que a sucederão. Sem ela, não existiriam nem a Armênia Soviética e nem a república atual. Daí o alto significado da data: 28 de maio de 1918. Ela será comemorada condignamente na Armênia e nas comunidades da Diáspora. Haverá um Ato Cívico no Panteão Nacional de Ieraplur de Erevan (onde se ergue o monumento do General Antranik, herói do Comando Armênio), quando os mártires desse episódio épico serão lembrados, honrados e exaltados.

 

Aniversário de Charles Aznavour
(Chahnour Vaghinag Aznavourian: 22/5/1924) 

Charles Aznavour comemorou seu aniversário (89 anos) no dia 22 do corrente. O consagrado cantor, ator e compositor, que escreveu mais de 800 canções, gravou mais de 1.000 em francês, inglês, alemão, espanhol e português, e vendeu mais de 100 milhões de discos, nasceu em Paris e é o mais jovem dos dois filhos de um casal de imigrantes armênios que se refugiaram na França. Sua mãe era costureira e atriz; o pai, barítono que cantava em restaurantes, enquanto Charles e a irmã serviam as mesas onde ele se apresentava.               

Aznavour deu o primeiro recital de poesia ainda quando criança. Poucos anos depois, desenvolveu tamanha paixão pela música e pela dança que passou a vender jornal para custear as aulas. Sua estreia no teatro ocorreu na peça Emil e os detetives quando tinha 9 anos e, poucos anos depois, já fazia pontas em filmes. Então acabou deixando a escola e passou a excursionar, com uma companhia teatral itinerante, pela França e pela Bélgica como menino cantor e dançarino enquanto levava uma vida boêmia.                

Na condição de cantor popular no “Clube da canção de Paris”, em 1941 conheceu o compositor Pierre Roche, com quem formou a dupla “Roche e Aznavour”; conquistaram a preferência parisiense e fizeram turnês bem sucedidas na França e no exterior, incluindo o Canadá. Nos anos do pós-guerra Charles voltou a participar de filmes, num dos quais (Goodbye Darling, 1946) como crupiê e cantor.               

Depois de ganhar grande reputação compondo canções populares, Aznavour passou a compor para músicos e cantores consagrados, principalmente Édith Piaf, para quem escreveu a versão francesa do sucesso americano “Jezebel”. Incentivado por ela, acompanhou-a em turnês, encarregado da abertura e da iluminação; por necessidade, morou com ela por algum tempo, mas não como um dos seus muitos casos.               

Persuadido a se apresentar desacompanhado, realizou várias turnês bem sucedidas, obtendo sucessos marcantes com as canções sombrias “Sur ma vie” e “Parce que” e a famosa e controversa “Après l’amour.” Em 1950, produziu a canção acridoce “Je Hais Les Dimanches” [“I Hate Sundays”], para a cantora Juliette Gréco, que se tornou um grande sucesso para ela. No fim dos anos 50, Aznavour começou a participar de filmes com mais prazer. Baixo e atarracado, impetuoso e pensativo por natureza, não seria um protagonista, mas soube contornar suas deficiências.               

Não querendo deixar que suas deficiências o detivessem, causou boa impressão com a comédia Une gosse sensass (1957) e com Paris Music Hall (1957). Foi também comovente com o benevolente mas melancólico e trágico paciente mental Heurtevent in Head against the Wall (1959). Um ano mais tarde, estrelou o pianista Charlie Kohler / Edouard Saroyan na adaptação de François Truffaut do romance de David Goodis Shoot the Piano Player (1960), que foi sucesso de bilheteria na França e nos Estados Unidos. Esta repentina notoriedade desencadeou uma longa turnê no exterior nos anos 60. Apelidado de “Frank Sinatra da França” e cantando em muitas línguas (francês, inglês, italiano, espanhol, alemão, russo, armênio, português), suas turnês incluiriam apresentações com lotação esgotada no Carnegie Hall de Nova York (1964) e no Albert Hall de Londres (1967).               

Aznavour atuou como ator e compositor / arranjador musical para muitos filmes, incluindo Gosse de Paris (1961) em co-autoria com o diretor Marcel Martin, e os dramas Three Fables of Love (1962) e Dear Caroline (1968). O ator assumiu também o papel principal na série de TV As fábulas de La Fontaine (1064) e então estrelou no musical popular Monsieur Carnaval (1965), em que apresentou sua canção de sucesso “La bohême”.               

Sua estrela continental continuou a brilhar e Aznavour atuou em filmes fora da França com resultados dúbios. Enquanto a sátira sexual Candy (1968), com um elenco internacional que incluía Marlon Brando, Richard Burton e Ringo Starr, e a aventura épica The Adventurers (1969) foram considerados grandes fiascos no lançamento, ainda assim mostraram Aznavour como uma atração mundial.               

Embora ele tenha sido visto também no drama inglês The Games (1970),  The Blockhouse (1973) e na versão para o cinema de Ten Little Indians (1974) de Agatha Christie, foi sua música que o manteve na ribalta internacional. Seus últimos filmes incluem Yiddish Connection (1986), do qual foi co-autor e para o qual fez a música, e Il maestro (1990) com Malcolm McDowell; mais recentemente, fez sucesso com sua participação na produção franco-canadense Ararat (2002).               

Sua consagrada canção “She” (1972-1974) foi premiada com o disco de platina na Grã-Bretanha. Aznavour recebeu também 37 álbuns de ouro. Sua canção mais popular nos Estados Unidos, “Yesterday When I Was Young” tem sido interpretada por muitos artistas, desde Shirley Bassey até Julio Iglesias.               

Aznavour escreveu 3 livros: Aznavour by Aznavour (1972), memórias, a coleção de letras de canções, Des mots à l’affiche (1991), e uma segunda memória, Le temps des avants (2003). Uma turnê de despedida teve início em 2006, quando ele fez 82 anos.               

Em 2009, Charles Aznavour foi nomeado Embaixador da Armênia para a Suíça. Os armênios sempre se lembram dele com muito carinho e muita gratidão pela ajuda que ele levou-lhes pessoalmente por ocasião do terremoto de 1988. 

Adaptado de Mihran Keheyian, armradio.arm

  

TRÊS ARTIGOS
Edouard Mekhalian 

Istambul – Vídeo clipe em língua armênia vai ao ar pela primeira vez em canal de TV estatal da Turquia.

O videoclipe da cantora de descendência armênia, nascida em Istambul, Erlin Tomaoglu, com a canção “Snow Flake”, ou floco de neve, em armenio ocidental, foi levada ao ar pela primeira vez na Turquia, pelo canal estatal TRT Muzik, em 11 de maio.

A cantora tinha reinvidicado junto a TRT Muzik, para ter seu clipe transmitido, e ela recebeu uma resposta positiva após dez dias.

A pedido da cantora, legendas em língua turca foram adicionadas ao clipe, para que o público turco possa entender as letras da canção.

“Snow Flake” é uma canção que está incluída no álbum de Erlin Tomaoglu
intitulado “Anos Depois”. 

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Londres – Visita do Ministro das Relações Exteriores da Armênia à Inglaterra

Sabádo, 18 maio 2013.

O Ministro das Relações Exteriores armênio, Edward Nalbandian, vai realizar uma visita oficial ao Reino Unido entre 20 e 21 maio.

No âmbito da visita a Londres, o Ministro armênio vai manter conversações com o seu homólogo britânico sobre comércio, turismo e questões militares. A última vez que isso ocorreu foi a mais de cinco anos atrás.

O Ministro Nalbandian também está agendado para um encontro com o Presidente da Câmara dos Lordes e outros funcionários de alto escalão.

Como parte da visita, Edward Nalbandian fará uma palestra sobre
Política externa da Armênia na Universidade Oxford, como última atividade antes de seu retorno à Armênia. 

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Stepanakert – A indústria de mineração em desenvolvimento no Artsakh

Quinta-feira, 16 mai 2013 11:37

No dia 15 de maio, o presidente da República do Artsakh, Bako Sahakian, visitou a região sul da província de Kashatagh para inspecionar no local a implementação de vários projetos sócio-econômicos.

O Presidente Sahakyan se reuniu com os moradores da cidade de Kovsakan, expressando confiança de que os problemas existentes permanecerão no foco do atenção das autoridades.

Ele visitou ainda a mina de ouro de Tondirget e salientou a importância da indústria de mineração com a planta na província de Kashatagh e para a República em geral.

Nesta mesma oportunidade, o Presidente Sahakian, estendeu sua visita à Araks, no “Hadrout Agroeconomy CJSC” e também a unidades militares localizadas no sul da república. 

Ele observou que a existência da “Hadrout Agroeconomy CJSC” irá contribuir para o desenvolvimento da agricultura da região, com base em informações recebidas do Departamento Central de Informação do Presidente da Artsakh. 

Esta é com certeza uma atividade sócio-econômica da região que desperta a atenção de todos. O ouro é sem dúvida nenhuma, um dos minerais mais importantes para a humanidade. Com as condições atuais de instabilidade da região, a atenção das autoridades deve ser redobrada. 

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Edouard Mekhalian

 

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