O Arcebispo armênio de Istambul, Dom Aram Atesyan, reabriu na última quarta-feira, dia 28 na cidade uma igreja que estava fechada desde a época do Genocídio Armênio. O acontecimento atraiu centenas de fiéis da comunidade armênia de Istambul e contou com a presença do Ministro do Comércio da Turquia, Hayati Yazici. O ato se realizou poucos dias após a polêmica enfrentada pelo governo turco com a Assembleia Nacional da França, que adotou uma lei que obriga que o massacre dos armênios em 1915 seja definido como Genocídio. Como resposta, várias autoridades turcas apontaram a importância de buscar um diálogo melhor com os armênios da Turquia.
“Estava fechada desde a Primeira Guerra Mundial”, disse o Secretário-geral da fundação eclesiástica que administra os bens da igreja, Nazaret Davidian. “Mas o Estado colaborou com cerca de 75% dos custos de restauração”, sublinhou. Davidian considerou a abertura da igreja como um passo positivo, já que, até bem pouco tempo, abrir uma nova igreja era bastante difícil na Turquia.
A reabertura da histórica igreja armênia de Akdamar, na província de Van, em 2010, criou uma longa controvérsia. O governo permite que a igreja de Akdamar, em uma ilha do lado de Van, celebre apenas uma missa anual, mas mantém sua classificação como museu, e não como templo. A igreja de Vortvots Vorodman, por sua vez, “nunca deixou de pertencer à comunidade armênia”, diz Davidian, e sua reabertura após a restauração não passou por dificuldades. Os pisos superiores do templo foram convertidos em moradias para famílias armênias em condições de pobreza, segundo Davidian.
O governo turco arcou com 70% dos custos da restauração enquanto o Fundo da Igreja Armênia arcou com o restante. Aproximadamente $1,5 milhões foram gastos para a restauração e após a reabertura a igreja também será palco de eventos culturais.
Fonte: Rádio Vaticano; News.am