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Lendário espião soviético Gevork Vartanian morre aos 87 anos

Via Asbarez – 

O lendário espião soviético Gevork Vartanian, que ajudou a desmantelar o plano alemão para matar os líderes Aliados em Teerã durante a II guerra Mundial morreu em Moscou aos 87 anos.

Trabalhando em Teerã durante a II Guerra Mundial, ele seguiu as pistas de soldados alemães que iriam atacar o encontro de cúpula que Stalin, Roosevelt e Churchill participavam.

Percebendo que estavam sendo seguidos, os alemães abortaram o ataque.

Ele também se infiltrou no serviço de inteligência britânico, revelando assim como trabalhavam os agentes secretos deste país na URSS.

Com essa ação, Vartanian foi aceito numa escola britânica de formação de espiões em Teerã.

Sua mulher também foi uma espiã soviética e depois da guerra eles trabalharam juntos durante 30 anos.

Gevork Vartanian se aposentou do serviço secreto estrangeiro russo, o SVR, em 1992.

O presidente russo Dmitry Medvedev descreveu Vartanian como um verdadeiro patriota e uma pessoa notável. Em 1930, a sua família se mudou para Teerã, onde o pai, Andrei, serviu como agente soviético sob o disfarce de homem de negócios. Seguindo o seu pai, Gevork se tornou um agente soviético em 1940, aos 16 anos.

Com o codinome de Amir, seu alvo era encontrar os espiões britânicos e alemães. A inteligência britânica estava treinando falantes do russo em Teerâ para servir como espiões na Ásia Central e no Cáucaso. Vartanian submeteu-se ao treinamento e então passou as informações da escola britânica para Moscou. Como resultado, espiões treinados pela Inglaterra mandados para a URSS foram presos ou recrutados como agentes duplos.

No inverno de 1943, os líderes da URSS, EUA e Inglaterra se encontraram em uma reunião de cúpula em Teerã para decidir a estratégia para a vitória sobre Hitler. O encontro foi realizado na embaixada soviética após Stalin alertar Roosevelt sobre o plano nazista de assassiná-los. Nessa época, Teerã estava cheia de refugiados da guerra na Europa e os agentes nazistas estavam infiltrados em meio aos quase 20 mil alemães que viviam no Irã, segundo relato de Vartanian em uma entrevista para a agência de notícias russa Ria-Novosti em 2007.

Ele relatou como ele seguiu os alemães, incluindo o chefe de campo Franz Meyer que desapareceu depois. Quando ele finalmente foi localizado, Meyer estava “de barba grande e tingida, trabalhando como coveiro em um cemitério armênio”.

Entre 1940-41, Vartanian e seus colegas reportaram cerca de 400 pessoas ligadas a inteligência alemã. Em 1943, os agentes soviéticos encontraram o grupo enviado pelos nazistas para o plano de assassinato, junto com seis operadores de rádio que estavam “viajando

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