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Mais uma igreja armênia é vandalizada em Istambul

No último dia 23 de fevereiro, a igreja armênia Surp Hreshdagabed (Santo Arcanjo), localizada em Istambul, na Turquia, foi vandalizada com pixações contendo ameaças a comunidade armênia local.

Quem revelou o incidente foi o Patriarcado Armênio, sob a prelazia do controverso Arcebispo Aram Ateshian em sua página no Facebook. As mensagens em spray traziam frases em turco e em inglês: “Vocês estão acabados”.

frase de ódio na igreja armênia Surp Hreshdagabed em Istambul

Mesmo passados quase 104 anos do Genocídio promovido pelo governo turco contra os armênios e negado até hoje, o povo armênio, que é nativo da região da Anatólia, ainda é perseguido e odiado em pleno século XXI. O Patriarcado Armênio já entrou em contato com as autoridades turcas para investigarem o caso.

Esta não é a primeira vez que uma igreja armênia é atacada em Istambul ou na Turquia. Recentemente, os muros da igreja armênia Surp Astvadzadzin (Santa Mãe de Deus), localizada no bairro de Zeinlink , também foi alvo de pixações intimidadoras.

Em abril de 2018, a frase “Essa terra é nossa” foi pixada nos muros da igreja armênia Surp Takavor (Santo Rei), além de uma pilha de lixo jogado na porta. A pixação foi assinada por “Erzurumlu 25″— possivelmente faz referência ao Congresso de Erzurum, uma assembleia do Movimento Nacional Turco realizada em 1919, na cidade de Erzerum, no salão do antigo Sanasarian College, um conhecido centro de educação armênia que foi confiscado pelo Governo Turco Otomano após o Genocídio Armênio.

Em 2016, igreja armênia Surp Takavor foi pixada em Istambul

Em 2016, os muros da escola armênia Bomonti Mkhitarian em Istambul também foi pixada com a frase: “uma noite, de repente estaremos em Karabakh (República de Artsakh)”.

Em estudo realizado em 2018, a associação Protestant sugeriu que os cristãos que vivem na Turquia estão cada vez mais preocupados com o aumento do discurso de ódio contra suas comunidades.

Muitas famílias cristãs reportaram que tiveram que deixar o país. Isso devido a campanhas intensificadas na mídia tradicional turca (em poder do governo desde quer começaram os expurgos em 2016), e nas redes sociais, onde os cristãos são retratados como traidores e espiões.

Sobre o autor

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Jornalista de formação, é editor-chefe do site Estação Armênia.
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