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Destruição de casas armênias em Muş é parcialmente suspensa

Armenpress
O processo de destruição das casas de armênios no Distrito Kale na província de Muş foi parcialmente suspenso.

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Garo Paylyan, comentando os trabalhos relacionados com a herança armênia na Anatólia, falou sobre a destruição das casas de armênios em Kale, afirmando: “Os membros do Comitê de Proteção a Van tem registrada uma casa. Para a preservação da arquitetura original, é necessário reconhecer esse território como zona de proteção especial pela Comissão de Proteção”. Garo Paylyan observou que os traços armênios na província Muş estão sendo preservados, embora 80% da área já tenha sido demolida.

“A história não só de armênios, mas também da província de Muş está sendo arruinada. Houve um tempo em que havia 299 igrejas, 94 templos, 53 santuários e 135 escolas, onde 5.699 alunos estavam estudando. Eles foram demolidos um por um. Nós começamos uma iniciativa para proteger as três ruas restantes. As estruturas armênias da Anatólia estão sendo rapidamente demolidas”, disse Garo Paylyan.

O projeto de renovação urbana da Administração Desenvolvimento Habitacional da Turquia (TOKI) pretende construir 864 casas residenciais e 107 escritórios no lugar das casas de armênios no distrito Kale. O TOKI entrou em acordo com 85% da população local para realizar as obras de reconstrução do território de cerca de 60.000 metros quadrados.

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Muitos da população local, que vivem em Kale, se recusam a aceitar o dinheiro ofertado e deixar suas casas. Os representantes TOKI anunciaram que de qualquer forma eles vão demolir as casas e, se a população não sair voluntariamente, seus bens ficaram sob ruínas.

Um abaixo-assinado virtual foi organizado contra a demolição das casas armênias históricas, os criadores pedem para se juntar a eles e proibir a devastação dos últimos rastros da história armênia em Muş. “Armênios, gregos e assírios estão sendo submetidos a um genocídio. O processo, iniciado pelo genocídio em 1915, está atualmente continuando como um genocídio cultural e econômico. Matar a cultura significa matar a humanidade. É um genocídio histórico”, diz o comunicado.

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O confisco de propriedades de fundações minoritárias remonta aos primeiros dias da República Turca. A Lei de Fundações de 1936, conhecida como a Declaração de 1936, ordenou que todos as fundações enviassem uma declaração de propriedade, listando imóveis e outras propriedades detidas por cada fundação. Após a morte do fundador da nação Mustafa Kemal Atatürk, foram esquecidas as declarações de propriedade. Quando o problema de Chipre se intensificou na década de 1970, a Direção-Geral das Fundações pediu que fundações não muçulmanas reenviassem os seus regulamentos. No entanto, essas fundações não tinham esses regulamentos por causa de uma prática durante o Império Otomano, onde tais fundações só poderiam ser estabelecidos por decretos individuais do sultão. Depois de receber uma resposta negativa destas fundações, a Direção-Geral das Fundações proferiu uma decisão de que as declarações de 1936 seriam consideradas legitimas. Assim a Direção-Geral expropriou todos os bens imóveis adquiridos após 1936. Esses atos de desapropriação estavam violando tanto o acordo de Lausanne como os direitos de propriedade.

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